Sobre quem eu fui e quem eu estou

Se até a Terra muda de lugar, por que eu não mudaria? Antes que eu pudesse tomar consciência do mundo, eu vestia azul, talvez azul e uma variação, tipo azul escuro ou turquesa. Acho que minha mãe gostava de me ver assim. Quando eu pude escolher, coincidência ou não, foi junto com a adolescência e, junto com o divórcio dos meus pais. Resultado? Bia de preto e só, sem variações. O preto demorou a sair da minha vida (e não tenho certeza se saiu mesmo), mas as cores foram aos poucos colorindo o meu guarda-roupa. Uma peça ou outra e, agora, várias (mas não sei se maioria).
Mas o título deste post não é sobre “ser”, então, por que estou falando de “ter”? Porque vejo a minha vida refletida na minha imagem, como me visto, como está o meu cabelo, se estou de maquiagem ou de salto alto. Não que estar “emperiquitada” reflita algo positivo, ou vice-versa. Mas percebo que meu estado de espírito reflete-se em como me apresento. Na minha adolescência (que, aliás, minha mãe diz que foi a mais rebelde entre os três irmãos), me fechei para o mundo, para as cores, para as convenções do que eu deveria vestir. Os anos foram passando, eu fui deixando de lado a Bia-rebelde sem causa e fui dando lugar para uma Bia um pouco mais tranquila, mas nem tanto.
Com mais ou menos 20 anos, fiz a minha primeira mudança radical na cabeleira. E foi bem radical mesmo! Sai com os cabelos loiros, cacheados e compridos. Voltei com eles pretos, lisos e curtos. Mas a mudança não veio à toa, ela veio acompanhada por um momento de angústia e certeza de vida. Hoje os cabelos estão quase ao natural (na verdade, estou lutando para que eles cacheiem novamente), mas eles já passaram por outras mudanças, não tão bruscas, claro.
Uma nova mudança na minha vida, que me fez ficar mais “menininha” acho que foi o meu namorado, junto com uma “dica” da minha irmã: “Bia, ele é tão bonzinho, não merece você vestida assim, capricha aí..” Claro que cada um se veste como se sente melhor, mas naquele momento, eu me sentiria melhor depois de seguir o conselho da irmã mais velha.
Meu guarda-roupa não é organizado assim, e eu não tenho uma calça rosa
Sem perceber como, os vestidos tomaram espaço no meu armário. O colorido também. Tenho um estilo meio misto, mas guardo um pouco da rebeldia da adolescência. Prefiro me vestir para me sentir bem, essa é a chave do negócio: sentir-se bem, por dentro e por fora. Ultimamente, tenho até feito, inacreditavelmente, uma quase maquiagem todos os dias. Isso é reflexo de uma boa fase, não isenta de picuinhas da vida, mas com a alegria de me ver e me gostar e gostar do mundo e de amar as pessoas, mesmo sem saber quem elas são.
Talvez eu ainda mude de ideia sobre isso tudo.

achei a imagem aqui ó: http://blog.stylishfit.pt/tag/evolucao-da-moda/

4 comentários

  1. Se puder manter algo da fase atual, mantenha o "gostar do mundo e amar as pessoas, mesmo sem saber quem elas são". Talvez isso seja a felicidade. Abraços, Bia!

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    1. Talvez isso seja uma passo para se sentir bem e, quem sabe, lá more a felicidade! Abraço!

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  2. Talvez eu ainda esteja na minha fase rebelde (msm q em grande atraso)... e talvez eu alcance a superioridade feminina d fazer maquiagem diariamente... Sempre soube q gostava d escrever e tb tinha a ctza d q fazia muito bem, mas eh bom ver assim, concreto. #toadorando (pode usar hashtag aki? Kkk não entendo d blogs)

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    1. Pode sim, o blog é meu! #euquemandonabagaça Hahaha
      E obrigada pelo elogio :D

      ps.: eu disse uma quase maquiagem, às vezes eu me enrolo, kkkk... #dápreguiça

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