Maria era uma menina pequena de cabelos trançados. Eram várias e pequenas tranças. Seu rosto era delicado, mas ao mesmo tempo possuía uma certa força, com certeza seria uma mulher determinada e de cabelos com personalidade.
Maria era aprendiz de bailarina, mas nos intervalos, entre um e outro passo clássico, mostrava para as outras meninas alguns desajeitados passos de breakdance. Na verdade, imitava as moças da propaganda de uma marca de roupas. E mais na verdade ainda, não sabia que aquilo poderia se chamar breakdance.
Maria era uma menina normal, ao que se entende por normal. Ia à escola pela manhã, a tarde ficava em casa, exceto nas terças e quintas feiras que era dia de balé. Aos sábados, ia à catequese e aos domingos, almoço na casa da vó e missa.
Pode parecer estranho para você, leitor, o porquê de dedicar este texto a uma menina tão, digamos, comum, mas deve ser porque você ainda não viu aqueles olhos determinados e aquele rosto certeiro e corajoso.
Maria não era mais uma menina. Maria era forte.
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